Sunday, July 5, 2009

Reflexão, Reflexividade, Reflexibilidade

Por: Maria Odete Madeira
Reflexão, do latim reflectere, tem o significado de voltar  atrás, e diz respeito à actividade sistémica rotativa projectiva dos agentes, de quaisquer agentes, sejam esses agentes: partícula, campo, átomo, molécula, célula, animal, pessoa, ou coisa, ente ou entidade. Estando essa actividade ligada às respectivas estratégias e eficácias, emaranhadas na computação e respectivas trocas com o meio, incluídas na computação/produção de sínteses valorativas judicativas deliberativas.

Reflexividade, do latim reflexu, significa dobrado sobre si mesmo, e é uma capacidade rotativa sistémica disposicional que permite aos agentes e/ou aos sistemas o processamento cognitivo valorativo directo de si mesmos, a partir das causas, ou razões formativas originantes às quais o sistema se dirige intencionalmente com o objectivo de produzir sínteses valorativas judicativas deliberativas (re)avaliativas.

Reflexibilidade é uma propriedade sistémica disposicional intrínseca, comum a todas as coisas, enquanto coisas existentes e, por isso mesmo, rotativamente presentes na sua própria luz, em si mesmas, a si mesmas e por si mesmas, enquanto autonomias.

A reflexibilidade está nas próprias coisas, entes ou entidades, e tem que ver com a visibilidade ou percepção das mesmas, como um modo de ser próprio, um carácter, enquanto coisas que se mostram, aparecem e parecem, na sua visibilidade. Todas as coisas têm o poder, enquanto capacidade, de mostrar, de reflectir a sua própria luz, a sua própria verdade, aquilo que são, aquilo que fazem, e naqueles, entes ou entidades, dotados de pensamento, discurso e vontade, aquilo que pensam, querem, desejam.

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