Sunday, July 12, 2009

Sobre a "Teoria"

Por: Maria Odete Madeira
O termo teoria, com origem no grego theorein, condensa um duplo significado sistémico: o de espectáculo, ou espaço sistémico de representação, abordado intencionalmente nas suas dinâmicas semióticas topológicas e tipológicas e a respectiva visão intencional do mesmo, em que se inclui o exercício de exame crítico, o exercício de contemplação e os mecanismos homeostáticos de prazer, ligados à satisfação do desejo.

A relação de entrelaçamento gravítico do signo teoria com o signo visão determina, na raiz genética do termo, uma dinâmica de exercício sistémico activo fundamental que faz depender a teoria, ela mesma, do acto de percepção de alguma coisa através da vista, significando percepção o acto primitivo imediato pelo qual alguma coisa ou coisas são cognitivamente processadas.

Deste modo, enquanto signo, a teoria está sistemicamente dependente das coisas, de todas as coisas presentes no mundo, sejam concretas ou abstractas, e que, enquanto tais, podem ser percepcionadas enquanto coisas existentes que podem ser abordadas, a partir das sínteses cognitivas, contraídas no signo teoria, no pressuposto configurado a partir da génese do mesmo termo, por sua vez, determinada, a referida génese, pelo exercício sistémico dinâmico metabólico, envolvido nas trocas de matéria, informação e energia, intencionalmente visadas pelas teias gravíticas sistémicas, o que permite atribuir à teoria uma natureza gravítica complexa de organicidade rotativa dinâmica evolutiva ligada à sobrevivência dos sistemas.

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